Incongruências

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sábado, junho 28, 2003

Anonimato, Pseudónimos e Heterónimos - III

Sobre este assunto excelentes comentários na Carta Roubada [post] e n'A Memória Inventada [post].

Anonimato, Pseudónimos e Heterónimos - II

Esta confesso que a estive a ruminar algum tempo...

Seguindo mais uma vez o mote dos Textos de Contracapa.

Anonimato escudado por um pseudónimo ou aberta publicação da identidade do "postante"

Quando comecei a usar o nick “smaug” foi mais por brincadeira em chats e afins, habituei-me, somos animais de hábitos... Quando decidi arrancar com o blog pensei sobre o assunto e decidi continuar com o nick, porque por ele já era conhecido devido a contactos via e-mail e também porque já estava registado noutros sites com esse nick.

O escudar da identidade real permite uma presença mais intimista, podemos mostrar mais de nós que de outro modo talvez não estivéssemos tão à vontade. Que isto não se confunda com vontade de irreflectidamente espalhar asneiras e insultos nem que venha aqui expor ideias que não assuma também pessoalmente.

Não se trata de uma tentativa acérrima de escudar a minha identidade, não uso quaisquer meios para camuflar a origem dos comentários ou e-mails, nem ando a postar a partir de ciber-cafés manhosos.

Sou, felizmente, um cidadão completamente anónimo. Que interessaria saber que me chamo João Figueiredo, Manuel das Iscas [este uso-o muito quando testo software] ou um Smaug?

Há mais um motivo pelo qual prefiro manter a minha identidade semi-camuflada – conheço pessoalmente demasiados burros com acesso à Internet – sei que me irritaria, uma vez conhecida e divulgada a minha actividade bloguista, ter que, pessoalmente, “discutir” os temas que pretendo tratar no blog. Bem sei que é defeito meu, mas assim sou.

Alfena, 28 de Junho de 2003
João Figueiredo

Referências Diárias

— Olha! Já ali estão os links...
Referências diárias.... Lês mesmo aquilo tudo todos os dias?!
— Não! Eles não escrevem todos, todos os dias...
"Infelizmente" penso caladinho.

Agradecimentos

À Sara que nos mencionou no seu blog, obrigado.

sexta-feira, junho 27, 2003

Anonimato, Pseudónimos e Heterónimos - I

anonimato
substantivo masculino
qualidade do que é anónimo;
sistema de escrever sem assinar.

pseudónimo
do Gr. pseudónymos < pseúdes, falso + ónyma, nome
substantivo masculino

nome falso ou suposto;

adjectivo
que subscreve as suas obras com um nome suposto.

heterónimo
do Gr. héteros, outros + ónyma, ónoma, nome
adjectivo

diz-se das palavras diferentes que exprimem a mesma coisa;
diz-se do autor que assina uma obra literária com um nome que não o seu;
diz-se dessa obra;

do Gr. héteros , outros + ónyma , ónoma , nome
substantivo masculino

nome imaginário com que um autor assina a sua obra, atribuindo a esse autor imaginário caracterí­sticas individuais diferentes das do verdadeiro autor, ou seja, criando um outro eu.

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in Biblioteca Universal

Editores III

No Liberdade de Expressão há uns excelentes posts sobre este tema.

Comentários, insultos e coisas afins...

Podem ser enviados para: smaug@citrus.zzn.com

Editores II - O 'Dommí­nio Público'

Voltando ao post no Textos de Contracapa e, mais especificamente, à  parte referente ao domí­nio público.

Mostra-se Nelson de Matos deveras preocupado com a queda dos livros no fosso do domínio público como se isso fosse uma fatalidade, chegando mesmo a interrogar-se:
“E os Estados? Continuarão a consentir que o património literário dos seus países (os chamados livros no domínio público) sejam cada vez mais "produtos brancos", ao sabor de iniciativas desreguladas, sem controlo de qualidade, e gratuitas em termos de custos de direitos autorais ?”

Quanto ao controlo de qualidade, tendo a concordar, quem leva um livro ao prelo e o coloca nas prateleiras como sendo a obra x do autor y deve ser responsabilizado pela veracidade das suas afirmações, ou seja tem que ser mesmo uma reprodução fiel da obra. Mas por outro lado, nos livros não em direito público, quem nos garante isso? – Apenas o editor, e há editores e editores.

Quanto à parte dos “produtos brancos” e de direitos de autor penso que 70 anos é tempo mais do que suficiente para explorar um defunto. Em vez de terem alterado de 50 para 70 anos após a morte do autor deviam ter equacionado a redução do tempo.

Espero que, logo que a obra Pessoa entre em domínio público, os seus textos sejam transcritos para o Projecto Gutenberg, ou um outro semelhante, passando assim as suas obras a estarem disponíveis instantaneamente e gratuitamente. Espero que os autores, que ponham o interesse na divulgação da sua obra à frente do, legítimo, interesse de dela retirarem lucro negoceiem com as editoras a sua colocação online.

quinta-feira, junho 26, 2003

Os editores I

Confesso que foi com um certo desalento que li um post de Nelson de Matos. Este pergunta para que meandros ficará relegada a sua velha profissão face à abertura por parte de grandes cadeias de livrarias de editoras próprias e mostra algum desagrado pelo aparecimento de livros com marca branca, “como se se tratasse de uma pasta de dentes ou um detergente sem marca”.

Para além de eu pessoalmente não vir com maus olhos livros de “marca branca”, tenho aproveitado as colecções do Público e da Visão que me deram a oportunidade de adquirir livros que de outro modo não me seria monetariamente possível, acho que o maior perigo aos editores está mesmo ao virar da esquina com as edições electrónicas de livros, como já foi ensaiado por Stephen King embora com um sucesso muito relativo, e pela distribuição directa de livros do autor ao cliente, já há editoras a imprimir livros “on demand” cliente a cliente. À medida que os equipamentos e o software evoluem os preços e segurança destes processos serão cada vez mais atractivos.

Tal como a fotografia digital trouxe uma revolução ao mercado da fotografia o mercado livreiro está às portas da sua revolução. Preparem-se que é daí a pancada vem.

Harry Potter

Hoje no comboio vi um gajo a ler o novo livro do Harry Potter. É um calhamaço impressionante.

Fiquei com uma certa inveja, acho que vou gastar dinheiro....

quarta-feira, junho 25, 2003

Já vão dar um osso ao bicho

Será que o nosso mestre-de-cerimónias também vai ter direito a ossinho?

Leituras: Olhos Verdes

Luísa Costa Gomes — Dom Quixote - 1994

Peguei neste livro à pressa e muito por acaso, acho que foi o titulo que me atraiu a vista, a história em si é interessante embora eu desconfie que no meio daquele enredo todo de personagens estranhas haja um qualquer significado profundo que escapa por completo a este burro.

Particularmente interessante é o texto sobre Berkeley, um filosofo inglês do século XVIII, que aparece a meio do livro como que caído por acidente. Berkeley defendia o Imaterialismo, ou seja, que a matéria não existe e todas as nossas sensações, visuais, tácteis, etc., são meras ideias. As almas vivem em Deus [processos de UNIX?] este "implanta-lhes" uma realidade sensorial através de ideias.

Será esta a génese da Matrix?

Ventos fétidos sopram do Oeste

Donald Rumsfeld delegou os seus poderes sobre os Julgamentos dos suspeitos terroristas que estão a ser detidos na base americana de Guantanamo no seu colega Paul Wolfowitz.
Ao que parece uma câmara para execuções já está a ser preparada.

segunda-feira, junho 23, 2003

Feira Islâmica

Postei no 35mm, em altura de fim-de-semana não me parece que tenha tido a atenção merecida. :-(

Leituras: Do 11 de Setembro à  crise do Iraque

Diogo Freitas do Amaral - Bertrand Editora

[Escrevo este texto já com algum tempo passado desde a sua leitura.]

Trata-se de uma resenha de artigos publicados por Freitas do Amaral, tal como o nome indica, entre os atentados de 11 de Setembro e o iní­cio da "crise" Iraquiana, foi ao prelo em Fevereiro de 2003.

Verdadeiro manual que ajuda a compreender alguns dos motivos pelos quais devemos acompanhar com extrema atenção o comportamento da Presidência Norte Americana, e consequentemente dos Estados Unidos. Refiro-me ao profundo desrespeito e o tornear de instituições internacionais como a ONU, e mesmo da própria NATO, fazendo uso destas apenas quando convêm e ignorando-as por completo quando inconvenientes. Temos que nos lembrar que é na ONU, com todos os seus defeitos, que têm que ser corrigidos, que reside a esperança da humanidade para uma convivência pacífica a nível global, e não nos caprichos de uma super-potência empenhada em disseminar uma Pax Romana guiada pelos seus interesses comerciais.

Há, no entanto, uma peça de exagero, a "Carta aberta ao Presidente Chirac", deita toda a colecção a perder. É uma colagem à oposição hipócrita à Guerra [como agora se veio a provar com o súbito "calar" dos Franceses quando viram a manutenção dos contratos das suas petrolíferas assegurada] num tom absolutamente subserviente. Custa-me a aceitar que alguém com a vivência, experiência e, sobretudo, inteligência de Freitas do Amaral acreditasse na veracidade das intenções dos Franceses e Alemães.