Incongruências

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segunda-feira, junho 23, 2003

Leituras: Do 11 de Setembro à  crise do Iraque

Diogo Freitas do Amaral - Bertrand Editora

[Escrevo este texto já com algum tempo passado desde a sua leitura.]

Trata-se de uma resenha de artigos publicados por Freitas do Amaral, tal como o nome indica, entre os atentados de 11 de Setembro e o iní­cio da "crise" Iraquiana, foi ao prelo em Fevereiro de 2003.

Verdadeiro manual que ajuda a compreender alguns dos motivos pelos quais devemos acompanhar com extrema atenção o comportamento da Presidência Norte Americana, e consequentemente dos Estados Unidos. Refiro-me ao profundo desrespeito e o tornear de instituições internacionais como a ONU, e mesmo da própria NATO, fazendo uso destas apenas quando convêm e ignorando-as por completo quando inconvenientes. Temos que nos lembrar que é na ONU, com todos os seus defeitos, que têm que ser corrigidos, que reside a esperança da humanidade para uma convivência pacífica a nível global, e não nos caprichos de uma super-potência empenhada em disseminar uma Pax Romana guiada pelos seus interesses comerciais.

Há, no entanto, uma peça de exagero, a "Carta aberta ao Presidente Chirac", deita toda a colecção a perder. É uma colagem à oposição hipócrita à Guerra [como agora se veio a provar com o súbito "calar" dos Franceses quando viram a manutenção dos contratos das suas petrolíferas assegurada] num tom absolutamente subserviente. Custa-me a aceitar que alguém com a vivência, experiência e, sobretudo, inteligência de Freitas do Amaral acreditasse na veracidade das intenções dos Franceses e Alemães.