Incongruências

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domingo, outubro 12, 2003

Fumar II

Não adianta cortar o fornecimento sem tratar a procura.

Como estão as coisas actualmente já se ouve falar de contrabando e mercado paralelo, se forem criadas restrições à oferta só irá causar mais problemas e aumentar a criminalidade associada ao tabaco.

As novas marcas nos maços de tabaco, aumentando a pressão social, têm um forte efeito no consumidor e, espera-se, fazem com que alguns procurem abandonar o vício.

As fortes reacções contra as novas inscrições que têm surgido aqui e ali contra as novas legendagens, classificando-as como “agressividade boçal, palerma, primária e feia”, mostram que estas estão a surgir o efeito desejado. Paralelamente deveria ser promovida uma campanha publicitária, destinada a não fumadores, lembrando-os do direito que têm de não respirar o fumo dos outros e incitando-os a activamente procurarem diminuir a sua taxa de consumo como consumidores passivos.

É hipócrita insinuar que o estado mantém campanhas anti-tabagistas como mero fogo de vista pois os lucros da venda e dos impostos sobre o tabaco são importantes para o equilíbrio das contas públicas. Os custos ao estado a médio e longo prazo, quer em perca de receitas devido a baixas prolongadas e a reformas antecipadas por incapacidade física, quer em custos de tratamentos – estamos num estado com Serviço Nacional de Saúde – são bem mais elevados.