Incongruências

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segunda-feira, julho 07, 2003

Futurologia I

Peço-vos um pequeno exercício de imaginação.

Como estaremos daqui a 15/20 anos?

Há 15 anos, como pensávamos que estaríamos agora?
[Preparei primeiro um texto de introdução, mas resolvi passar directamente ao punch line]

Está a o nosso modelo de sociedade preparado para o próximo passo da Revolução Tecnológica?

Há anos que alegremente falamos da revolução tecnológica mas pouco paramos para pensar que a sua fase final põe em perigo as bases do nosso modelo de sociedade.

A Revolução Agrícola abriu caminho para a Revolução Industrial permitindo que a população activa se deslocasse para as fábricas. Paralelamente os serviços foram crescendo e a absorver a população que sai das fábricas.
[A automação das fábricas tem sido um processo continuo e os robôs que nos habituamos a ver desde os anos 70 estão cada vez mais versáteis sendo capazes de realizar tarefas que até a pouco tempo só se julgavam realizáveis por humanos. Dentro em breve nem a mão-de-obra extremamente barata de certos países irá atrair os investimentos das multinacionais]

Chegamos agora à véspera da fase seguinte da Revolução Tecnológica, a automação nos Sectores dos Serviços. Com a evolução da capacidade de computação e o paralelo desenvolvimento de software o trabalho administrativo nas empresas também tem vindo a ser automatizado, não foi só o e-mail que acabou com os paquetes, serviços que há uns anos ocupavam dezenas de pessoas são hoje realizados por duas ou três.

Novas gerações de software estão agora a entrar ao serviço integrando ainda mais as operações dos negócios dentro da lógica do software e prontas a fazer uso de transacções electrónicas automatizadas, envio electrónico de documentos como ordens de compra, facturas, ordens de pagamento, etc..

Estão a surgir mercados electrónicos (eMarkets) que, embora hoje em dia apenas sirvam de ponto de encontro com capacidades de busca entre fornecedores e clientes, em breve permitirão o funcionamento de agentes de compra e agentes de venda, programas autónomos que pesquisarão as bases de dados dos mercados electrónicos em busca do melhor fornecedor para determinado produto, ou então, no caso de agentes de venda, do preço e condições mais adequadas para anunciar determinado produto tendo não só em conta a concorrência nos eMarkets mas também as capacidades de produção e encomendas já conseguidas.

As potencialidades de utilização destes softwares são infinitas e com a sua penetração no funcionamento das empresas e o esvaziamento das funções dos trabalhadores humanos está a seguir o seu rumo nos escritórios tal como tem seguido nas fábricas.

Como estaremos daqui a 15/20 anos?

Referências:
http://www.eco.utexas.edu/homepages/faculty/Norman/long/Employment.html
http://www.emarketservices.com/about_emarkets/


Actualização: Sobre este post um interessante comentário n’A Lâmpada Mágica